Resenha do Halloween (2018)
Não tem nada de muito novo, mas entrega o que promete sem ficar fazendo graça para fanboy.
Atualizado a 8 de março de 2025 por Facínora.Nesta resenha, publicada originalmente em 29 de dezembro de 2018 no site do Bolonha Club, falo sobre o Halloween (2018), filme de terror que assisti outro dia que, em curtas linhas, continua a saga de Michael Myers e Laurie Strode 40 anos depois do original de 1978, ignorando todas outras sequências lançadas entre eles. O elenco conta com Jamie Lee Curtis reprisando o papel de Laurie, John Carpenter (co-criador da franquia) como compositor da trilha sonora, Toby Huss (The Wiz) e Nick Castle, quem representou Michael Myers originalmente, retornando em algumas partes.
Posso dizer que o Halloween 2018 é, ao mesmo tempo, um remake, fan service e um slasher padrão, mas sem carregar as mazelas que dão uma má conotação a estes rótulos. É um remake (do segundo filme) por causa do nome, da atmosfera e estilo, mas não idiotiza o que foi feito e ainda continua a história; é um fan service por ter várias referências em diferentes graus de sutileza, mas não fica forçando saudosismo gratuito pra agradar hipster vereador; e é um slasher padrão que não adicionou nada de muito novo, o que não é necessariamente ruim em muitos casos.
O interessante é que isto tudo era meio que o objetivo do Halloween 2018, até onde sei. O filme conseguiu resgatar a essência do original de 1978 (que redefiniu o gênero slasher), e usou os elementos de forma funcional e nada pretensiosa. Tem umas partes meio forçadas e personagens pouco explorados, mas não é nada intrinsecamente incoerente como, por exemplo, Os Últimos Jedi. Tem também umas partes dispensáveis como o drama adolescente, mas o foco nisto não é excessivo.
A atuação de Jamie Lee Curtis foi sensacional, ela virou uma espécie de Sarah Connor num filme de terror (existem vários paralelos com Exterminador do Futuro 2, diga-se de passagem). Outro sujeito que mandou bem, embora pouco explorado, foi Will Patton, quem representou o gambé que prendeu Myers no original. O genro de Laurie (Toby Huss), foi pessimamente aproveitado, representando um papel muito bobo para quem já foi o The Wiz. Isso aconteceu também com o resto dos personagens masculinos do Halloween 2018, exceto Myers, é claro. Talvez isto tenha sido proposital para forçar o tal “strong female character”, mas nem precisava, pois Curtis já tinha dado conta do recado. Pena é que ela era bem gostosa, mas agora tá só a muxiba.
Achei o filme bem produzido, a trilha sonora ficou bem original e os gráficos estão bons, só não gostei muito da máscara toda velha. Achei que ficou meio descaracterizado sei lá, embora realmente seria difícil explicar como o item ficaria bem preservado depois de 4 décadas.
Enfim, embora eu tenha gostado mais de outros filmes da série, curti ver o Halloween 2018. Não tem nada de muito novo, mas entrega o que promete sem ficar fazendo graça para fanboy. Deve ter sequência, visto que foi um sucesso de bilheterias, mas daí acho que vai ser meio caça-níquel…mas vamos aguardar.
Sinopse
Quatro décadas depois de ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode, perseguida pela memória de ter sua vida por um triz, terá que confrontar o assassino mascarado novamente, mas desta vez, ela está preparada para quando Myers retornar para a cidade de Haddonfield.
Trailer
Toby Hoss como The Wiz, no Seinfeld
Ficha técnica
- Título: Halloween (2018);
- Duração: 106 minutos;
- Gênero: Terror, Slasher;
- Dirigido por: David Gordon Green;
- Escrito por: Jeff Fradley, Danny McBride e David Gordon Green;
- Elenco Principal: Toby Hoss, Judy Greer, Andi Matichak, Will Patton e Virginia Gardner;
- País: Estados Unidos.
Mais informações e análises do Bolonha
Visão geral
- Visualizações: 9
- Categoria(s): Análises
- Autor, desenvolvedor e/ou publisher: Bolonha Club
- Marcador(es): Filme de terror, Filmes, Halloween (Filme), Terror
- Postado por: Facínora
- Originalmente adicionado em: 29 de dezembro de 2018